Exoneração de secretária: Câmara e Conselho cobram transparência na gestão da Saúde de Campo Grande
Prefeitura de Campo Grande abre processo seletivo de níveis médio e superior Prefeitura de Campo Grande/ Divulgação A Câmara Municipal de Campo Grande cobr...

Prefeitura de Campo Grande abre processo seletivo de níveis médio e superior Prefeitura de Campo Grande/ Divulgação A Câmara Municipal de Campo Grande cobrou a nomeação de um novo secretário de Saúde após a exoneração de Rosana Leite, anunciada na sexta-feira (6) pela prefeita Adriane Lopes (PP). A decisão surpreendeu por extinguir o cargo e criar um comitê gestor para administrar a pasta, responsável por R$ 2 bilhões do orçamento da capital. Em nota, a prefeitura informou que o comitê é provisório, com duração de seis meses, e faz parte da reforma administrativa iniciada pela atual gestão para melhorar a eficiência dos serviços. Leia a nota na íntegra no final da reportagem. Na manhã desta segunda-feira (8), a prefeita Adriane Lopes se reuniu com o Conselho Municipal de Saúde e vereadores da Comissão de Saúde para discutir os próximos passos. O presidente da Câmara, vereador Papy (PSDB), disse que compreendeu a decisão política da prefeita e considerou positivo o convite para que a comissão acompanhe o trabalho do comitê gestor. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp O presidente da Comissão de Saúde, vereador Vitor Rocha (PSDB), disse que a reunião com a prefeita foi marcada por cobranças e sugestões. A principal preocupação, segundo ele, é a falta de um nome oficialmente designado para liderar a Secretaria de Saúde. “Questionamos a prefeita e a equipe jurídica. Eles entendem que o comitê é legal, mas eu defendo que Campo Grande precisa ter um secretário de fato e de direito, mesmo que interino. É uma cidade de quase 1 milhão de habitantes, com mais de 6 mil servidores na Saúde e R$ 2 bilhões de orçamento. É essencial ter alguém à frente 24 horas pensando em soluções”, afirmou o vereador. Vitor Rocha também destacou os principais desafios da rede de saúde em Campo Grande: Atenção básica: para o vereador, é preciso reforçar e ampliar os postos de saúde para reduzir a pressão sobre UPAs e hospitais. Rede hospitalar: a regulação de leitos enfrenta dificuldades desde que o Hospital Regional e o Hospital Universitário passaram para controle do governo estadual, de acordo com Rocha. Judicialização: o alto número de decisões judiciais obrigando tratamentos gera custos e afeta o funcionamento do sistema. Fila de espera: o vereador disse que mais de 100 mil pessoas aguardam por consultas, exames e cirurgias em Campo Grande. Rocha compreendeu o envolvimento da Câmara e do Conselho de Saúde na gestão, mas reforçou que a nomeação de um novo secretário é fundamental para dar legitimidade e foco à condução da pasta. “Se a prefeita não nomeia alguém, ela acumula o cargo de prefeita e secretária de saúde. E isso concentra uma responsabilidade muito grande em uma única pessoa”, concluiu. Exoneração e criação de comitê Rosana Leite atuava na gestão municipal desde o primeiro mandato da prefeita. Entre 2021 e 2022, foi secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. Em seguida, assumiu como secretária-adjunta de Saúde em 2022. Já em fevereiro de 2023, Rosana foi nomeada titular da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), cargo que manteve após a reeleição de Adriane Lopes nas eleições de 2024. Com a saída da médica da pasta, Rosana foi transferida para a Secretaria Especial da Casa Civil, onde passará a atuar como assessora executiva. O novo cargo é para tratar de articulações entre o Ministério da Saúde e o município. Sem comando, a Sesau passou a ser liderada por um comitê gestor, formado por servidores que já atuam na estrutura da secretaria. A gestão será dividida por áreas de atuação. Veja como ficou a composição: Coordenação: Ivoni Kanaan Nabhan Pelegrinelli Planejamento e Execução Estratégica: Catiana Sabadin Zamarreño Jurídico: Andréa Alves Ferreira Rocha Finanças e Orçamento: Isaac José de Araújo Administrativo: Vanderlei Bispo de Oliveira Contratação: André de Moura Brandão Apesar da formação do novo comitê, a Prefeitura não confirmou quais funções os integrantes ocupavam anteriormente dentro da administração municipal. Nota na íntegra A Prefeitura Municipal de Campo Grande informa que, por meio do Decreto n. 16.372, de 5 de setembro de 2025, instituiu o Comitê Gestor da Secretaria Municipal de Saúde, de caráter provisório, com vigência de seis meses. A medida administrativa faz parte do processo de reformas iniciado pela atual gestão, a partir da identificação de ações necessárias para a melhoria no desempenho e eficiência dos serviços prestados à população. O trabalho do Comitê Gestor da Secretaria Municipal de Saúde iniciou-se nesta segunda-feira, 8 de setembro. Todas as decisões do colegiado serão tomadas de forma coordenada, com a participação efetiva da Câmara Municipal de Campo Grande e do Conselho Municipal de Saúde. Compõem o Comitê Gestor da Secretaria Municipal de Saúde a gestora coordenadora interina, Ivoni Kanaan Nabhan Pelegrinelli; a gestora de planejamento e execução estratégia, Catiana Sabadin Zamarrenho; a gestora jurídica Andréa Alves Ferreira Rocha; o gestor de finanças e orçamento, Isaac José de Araújo; o gestor administrativo Vanderlei Bispo de Oliveira; e o gestor de contratação André de Moura Brandão. Moradores relatam problemas pra conseguir atendimento ortopédico em Campo Grande Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: